Quando a fé deixa de ser apenas teoria: A intimidade que transforma
Uma reflexão sobre como a experiência genuína com Deus produz frutos reais na vida cristã
Nesta semana, trago um texto especial escrito pelo meu amigo Sérgio Levi.
Vivemos tempos onde a fé cristã pode facilmente se tornar apenas um conjunto de doutrinas corretas, debates teológicos ou performances religiosas. Mas Sérgio nos lembra de algo fundamental: Deus não quer apenas ser conhecido sobre Ele, mas experimentado por nós.
Neste texto, ele aborda a importância da intimidade com Deus — não como algo místico no sentido esotérico, mas como uma experiência real e transformadora que produz frutos visíveis. É uma reflexão necessária para todos nós que, às vezes, nos contentamos com uma fé intelectual, mas distante do coração.
Meu desejo é que esta leitura desperte em você o anseio por essa intimidade genuína que, como Sérgio nos mostra, é a fonte de toda transformação verdadeira.
Intimidade que Transforma: A Mística da Fé Cristã
Por Sérgio Levi
Há um lugar na vida com Deus onde o coração encontra descanso. É o lugar da intimidade, onde não buscamos apenas respostas, mas a Presença. É dali que nasce a vida que a Palavra nos propõe: amar o inimigo, oferecer a outra face, viver em paz. Essas atitudes não são fruto de esforço humano, mas de uma alma satisfeita em Deus.
Muitos têm medo da palavra “mística”, como se ela significasse algo obscuro ou esotérico. Mas, na verdade, ser místico é simplesmente ter experiência com Deus. É conhecer o Senhor não apenas pelas doutrinas, mas pelo relacionamento. É perceber que Ele não é apenas o Deus de Calvino, de Agostinho ou de Lutero — Ele é o seu Deus.
Ao longo da história, homens e mulheres de fé experimentaram essa presença viva: Moisés diante da sarça ardente, Isaías no templo, Pedro no monte da transfiguração, Paulo arrebatado ao terceiro céu. Todos provaram o Deus que se revela de modo pessoal e real.
Mas há um cuidado importante: nem tudo o que é extraordinário vem de Deus, e nem tudo o que é simples está vazio do Espírito. O verdadeiro critério não é a intensidade da experiência, mas o fruto que ela produz. Como disse Jesus: “Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7.16).
Deus pode agir de maneiras surpreendentes, mas também se manifesta nas coisas simples — num momento de oração silenciosa, numa lágrima de arrependimento, num gesto de perdão. O mesmo Espírito que opera milagres é aquele que nos molda no dia a dia.
A verdadeira mística cristã não busca o êxtase, busca a transformação. Não quer sentir mais, quer amar mais. O místico não vive atrás de sinais, vive guiado pela presença. Ele sabe que a maior experiência espiritual não é cair no chão, mas permanecer de pé em fidelidade.
Hoje, Deus continua chamando Seu povo para esse lugar de intimidade. Ele não quer apenas ser conhecido por meio de livros ou sermões, mas experimentado no coração e na vida.
ATUALIZAÇÕES 📢
Estou muito animado com o Grupo de Estudos que iniciamos. Já fizemos o primeiro encontro, apresentando o primeiro texto de leitura e as dinâmicas de nossos estudos bíblicos. Sei que no final do ano nossa vida fica mais atarefada e dedicar tempo de estudo é um desafio, mas nossa intenção é justamente não perder o foco nesse momento de consumismo, ofertas e festas. Mergulhar nas Escrituras é um privilégio.
Fiz uma mudança de hábito com meu celular. Quem me acompanha sabe das críticas que faço às redes sociais — elas têm gerado sérios prejuízos de atenção e superficialidade. Foi por isso que esta newsletter surgiu. No meu iPhone, configurei o tempo de uso do Instagram, colocando um limite de 15 minutos diários. Se eu passar desse tempo, o aplicativo é bloqueado automaticamente. Passei a primeira semana usando a ferramenta e gostei muito. Nosso cérebro odeia importunação, e as redes são criadas para te manter lá dentro. Com o tempo, você acaba nem lembrando que aquele aplicativo está ali. Deixo a sugestão para você refletir sobre seu tempo em tela...
Os recados foram esses.
Na próxima quinta, trago um novo texto.
Fique com Deus,
Victor Romão






